Ela: - Se alguém faz alguma coisa pra mim, é pra nunca mais, pode me esquecer. Até hoje quando vou à igreja tenho que me confessar sobre o seu avô, as coisas ruins que ele me fez. Por isso te acho muito descaradinho.
Eu: - Por que descaradinho?
Ela: - Porque eu nunca perdoaria o que fizeram com você. E você não demonstra o menor sentimento.
Eu: - Não acho que tenha a ver com descaramento.
Ela: - Tem sim. Quando alguma pessoa faz alguma coisa pra mim, eu fico marcada.
Eu: - Talvez seja essa a razão de eu ser eu e você ser você: a maldade também me deixa marcas, mas eu tenho a capacidade de me livrar delas.
30 abril, 2009
21 abril, 2009
Confiando (Portas e Pregos)
Possibilidades são tentadoras seduções. A superlotação de cidades como São Paulo, traz forte concorrência, o que desencadeia deslealdade, corrupção. Ninguém sabe o que é capaz de fazer para continuar no páreo. E isso gera um problema moral silencioso e letal: ninguém confia em ninguém.
A gente passa achar que todos estão mentindo, que nada é o que parece, que há sempre uma intenção por trás: o mendigo pedindo esmola se transforma num assaltante em potencial, o colega de trabalho solícito com certeza deve ter algum interesse em me ajudar assim, a pessoa de quem eu gosto demora 1 hora a mais pra chegar em casa e pronto: não é o trânsito, é um caso. Com certeza um caso. Existe tanta gente mais bonita do que eu. Mais legal que eu. Por que ela ficaria comigo? Por que ele me amaria?
É a sinfonia doentia e paranóica do medo de confiar ecoando sem parar.
Às vezes a gente teima e continua acreditando. Acredita se preparando para o pior. Nesse caso não estamos sendo corajosos, mas sim ingênuos e falsos, porque a precaução é uma desconfiança.
Que jeito? Qual a alternativa? As portas têm muita confiança nos pregos dos batentes e por isso acabam indo parar no chão com muita frequência. Em alguns casos, desconfiar é sobreviver.
E atente: sobreviver É subexistir. Se você quer desfrutar plenamente dessa existência, você vai ter que se desprender dos nós que te atam às suas mágoas e das correntes que te prendem aos seus medos. Só a liberdade de ser você mesmo é capaz te trazer coragem. Confiar é se entregar sem limites, sem amarras. Confiar é arriscar por querer. Só quem é livre consegue confiar.
Então se você tem alguém na sua vida que você acha que mereça, pare de desconfiar. Aceite que a mentira é comum, mas que a verdade também está lá fora. Confie, ainda que pareça errado ou que você se sinta ingênuo. Confie, ainda que doa. Porque as pessoas percebem quando têm o seu respaldo e é a isso que elas respondem com os atos delas.
E quando observar as portas que estão ao chão, observe que os pregos que a seguravam, a quem ela culpa, também estão lá, caídos. Talvez eles tenham tentado suportar ao máximo o peso da madeira e não conseguiram. Talvez eles estejam lá apesar de terem lutado bravamente.
E acima de tudo, lembre-se que quando você tomba, você pode se içar novamente, que os pregos que te prendem, uns estão lá, frouxos; outros são tão firmes que suportarão a madeira por toda a eternidade. E por fim, nunca se esqueça: você não é uma porta.
Ao menos, não precisa ser.
A gente passa achar que todos estão mentindo, que nada é o que parece, que há sempre uma intenção por trás: o mendigo pedindo esmola se transforma num assaltante em potencial, o colega de trabalho solícito com certeza deve ter algum interesse em me ajudar assim, a pessoa de quem eu gosto demora 1 hora a mais pra chegar em casa e pronto: não é o trânsito, é um caso. Com certeza um caso. Existe tanta gente mais bonita do que eu. Mais legal que eu. Por que ela ficaria comigo? Por que ele me amaria?
É a sinfonia doentia e paranóica do medo de confiar ecoando sem parar.
Às vezes a gente teima e continua acreditando. Acredita se preparando para o pior. Nesse caso não estamos sendo corajosos, mas sim ingênuos e falsos, porque a precaução é uma desconfiança.
Que jeito? Qual a alternativa? As portas têm muita confiança nos pregos dos batentes e por isso acabam indo parar no chão com muita frequência. Em alguns casos, desconfiar é sobreviver.
E atente: sobreviver É subexistir. Se você quer desfrutar plenamente dessa existência, você vai ter que se desprender dos nós que te atam às suas mágoas e das correntes que te prendem aos seus medos. Só a liberdade de ser você mesmo é capaz te trazer coragem. Confiar é se entregar sem limites, sem amarras. Confiar é arriscar por querer. Só quem é livre consegue confiar.
Então se você tem alguém na sua vida que você acha que mereça, pare de desconfiar. Aceite que a mentira é comum, mas que a verdade também está lá fora. Confie, ainda que pareça errado ou que você se sinta ingênuo. Confie, ainda que doa. Porque as pessoas percebem quando têm o seu respaldo e é a isso que elas respondem com os atos delas.
E quando observar as portas que estão ao chão, observe que os pregos que a seguravam, a quem ela culpa, também estão lá, caídos. Talvez eles tenham tentado suportar ao máximo o peso da madeira e não conseguiram. Talvez eles estejam lá apesar de terem lutado bravamente.
E acima de tudo, lembre-se que quando você tomba, você pode se içar novamente, que os pregos que te prendem, uns estão lá, frouxos; outros são tão firmes que suportarão a madeira por toda a eternidade. E por fim, nunca se esqueça: você não é uma porta.
Ao menos, não precisa ser.
20 abril, 2009
Tapa de realidade do dia
"Deus não dá as costas a ninguém.
As pessoas é que dão as costas a ele.
Deus sempre está onde o deixam entrar."
As pessoas é que dão as costas a ele.
Deus sempre está onde o deixam entrar."
14 abril, 2009
Tudo (no MSN)
Cíntia: Quero esquecer meu ex de vez.
Eu: O seu problema é que você ama demais.
Cíntia: E como amar de menos?
Eu: Tá aí uma pergunta que eu daria tudo pra saber a resposta...
Cíntia: Acho que eu sei a resposta.
Eu: E qual seria?
Cíntia: Não se entregar. Amar você primeiro e depois o outro.
Eu: É, tem razão.
(Pausa de 20 minutos)
Cíntia: E aí, gostou da resposta?
Eu: Gostei sim. Faz bastante sentido.
Cíntia: Ótimo, me dê tudo. Eu te dei a resposta.
(Risos)
Eu: O seu problema é que você ama demais.
Cíntia: E como amar de menos?
Eu: Tá aí uma pergunta que eu daria tudo pra saber a resposta...
Cíntia: Acho que eu sei a resposta.
Eu: E qual seria?
Cíntia: Não se entregar. Amar você primeiro e depois o outro.
Eu: É, tem razão.
(Pausa de 20 minutos)
Cíntia: E aí, gostou da resposta?
Eu: Gostei sim. Faz bastante sentido.
Cíntia: Ótimo, me dê tudo. Eu te dei a resposta.
(Risos)
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