A lembrança é um gatilho. Basta um movimento, uma fração de segundo e ela estala, dispara.
O tiro é a saudade. É rápido, voa, dói.
Às vezes o tiro é de misericórdia e você se conforta na ausência infinita da pessoa sentida ou da situação que faz falta.
Contudo, em alguns casos, o tiro é cruel e dói a falta de pessoas vivas, de gente querida que já não te olha nos olhos; corações que nunca estarão tão próximos como antes; aquela risada engraçada, livre, que talvez você nunca mais ouça.
A saudade é um projétil. Um projeto. E somos todos cheios de tiros.
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